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Crimes virtuais:Hackers promovem onda de ataques no Brasil

segunda-feira, 4 de julho de 2011

CYBERLINK
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Os incidentes colocaram o Brasil na mira de uma nova tendência de ataques virtuais, de motivação política. Eles também deixaram o governo em alerta e mostraram o quanto empresas e Estado estão vulneráveis a invasões e roubo de dados sigilosos no país, além de abalarem a confiança dos usuários brasileiros em serviços públicos oferecidos na internet.

Foram atingidos os sites da Presidência da República, do Portal Brasil, da Receita Federal, da Petrobras e dos ministérios do Esporte e da Cultura.
Na maior parte dos casos, os hackers usaram o método conhecido como DoS (Denial of Service, em português, "negação de serviço"). Ele consiste em infectar milhares de máquinas com programas robôs para que façam acessos simultâneos a determinado site ou serviço na rede. O servidor, que possui um limite de acesso, não consegue responder e trava ou desliga, tirando a página do ar.

Neste tipo de ataque não há invasão do computador ou roubo de dados pessoais. Mas ele pode causar prejuízos a milhares de pessoas que dependem dos serviços oferecidos on-line. Sites de governos foram tirados do ar por meio dessa técnica. A maioria das investidas partiu de computadores da Itália, para dificultar o rastreamento das autoridades.

Na internet, os autores chegaram a divulgar informações pessoais sobre funcionários da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. As informações, no entanto, eram falsas ou de conhecimento público.

Já o site do IBGE sofreu um tipo diferente de hackeamento. A homepage (página de abertura) do site foi desfigurada, isto é, foi substituída por outra, contendo a imagem de um olho humano pintado como a bandeira do Brasil e um texto com ameaças de novos ataques. Neste caso, houve invasão, mas, segundo o órgão, nenhum dado foi violado.

Wikileaks

Os hackers surgiram nos anos 1960 nos Estados Unidos, associados a uma ideologia libertária que pregava o acesso livre a informações na internet. Com o tempo, ficaram mais especializados e surgiram os chamados crackers, criminosos que invadem os computadores para roubar senhas de cartões de crédito e outros dados pessoais dos usuários.

O vandalismo na rede cresceu nos anos 1990. Na década seguinte, foi a vez do aumento dos crimes virtuais. Hoje, há modalidades mais sofisticadas e que envolvem a segurança de países, como a ciberguerra e o ciberterrorismo.

Nos últimos meses se intensificaram as ações políticas na rede contra sites de governos. A explicação é a influência do Wikileaks, site do australiano Julian Assange que ficou famoso ao vazar dados confidenciais de governos na rede (veja indicação de livro abaixo). Assange cumpre prisão domiciliar no Reino Unido enquanto aguarda julgamento por acusações de crimes sexuais.

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